quarta-feira, agosto 14, 2013

A resposta errada.

A propósito de uma intervenção minha na página do FACEBOOK da candidatura do Bloco de Esquerda às eleições autárquicas em Lagos. - "Nuno Pinto. Obrigado pelo seu comentário Acacg Makejeite. Obrigado pelas suas ideias de "marketing" político. Ficarão registadas na memória do "facebook" para mais tarde recordar. No futuro. Numa espécie de conotação à "Big Brother" de George Orwell. Cumprimentos." A propósito deste comentário, nunca li nada de G. Orwell porque nunca me interessou, é minha convicção de que um romance deve distrair e quando não me quero distrair, posso optar por me instruir, mas aí não opto por romances. Enfim pode ser uma opção ou convicção, tanto dá. Mas o que me confundiu nesta intervenção do Senhor Nuno Pinto foi a analogia desprovida de sentido de humor, de sentido critico inteligente e até de oportunidade, no sentido mais clássico que a palavra possa suscitar. Não argumento, discuto, sempre detestei argumentar com pessoas que revelem uma tendência para se mostrar mais eruditas que o que são, não as consigo entender, mas não me importo de falar sobre isso e até de dar opinião apesar de saber que normalmente se mantêm convencidas de forma inabalável. Li uma biografia acerca dele, o G. Orwell e desde logo constatei que foi um autor polémico e que carregou consigo teorias de difícil digestão. Há autores que me interessam, este nada. É citado à esquerda e à direita, mas há de facto uma área de opinião que adora citá-lo, a que dificilmente entenderá que a critica contida nos escritos dele, que assumo nunca ter lido, é construtiva e de análise cuidada. Errada? Não sei! Nunca o lerei! Mas sei que ele não era um socialista desiludido ele era uma pessoa convencida que o socialismo tinha sentido se fosse levado a cabo por outro tipo de pessoas, por uma outra forma de as colocar em prática, por ideias mais práticas e "temporalizadas". Quanto a este senhor, Nuno Pinto do Bloco de Esquerda de Lagos dificilmente entenderá que o socialismo tem uma aptidão mais vasta na política e que ultrapassa o provincianismo arcaico do partidarísmo obsoleto, que vai para além do restrito ideológico defendido por uma esquerda que ainda não se afirmou socialmente e que teima em se "anichar" num feudo perigoso de uma intelectualidade obscura. Ultrapassada! Eu cito o nome do Senhor porque ele é uma figura pública, candidato a um cargo na Câmara Municipal de Lagos, por um Partido Político, que respondeu a uma intervenção minha de uma forma que não me agradou enquanto eu andar a me informar de modo a me decidir em quem votar. Para as autárquicas voto nas pessoas, em projectos e abstraio-me das siglas partidárias, não lhe dou importância. Mas voto principalmente em ideias e o BE, a meu ver tem as ideias erradas e Lagos não precisa de mais erros. Não se chama burro a ninguém convencido que se pode passar desapercebido e que o alvo não entende eufemismos estúpidos.